Direis ouvir estrelas,Decerto perdeste o senso,E eu vos direi, no entanto,Que para ouvi-las, muita vez desperto,E abro as janelas, pálido de espanto.
Enquanto conversamos,Cintila a via láctea,como um pátio aberto.E , ao vir do sol,Saudoso e em pranto,Inda as procuro pelo céu deserto.
O que conversas com elas?O que dizem, quando estão contigo?Ah! amai para entendê-las.Ah! pois só quem ama pode ouvirEstrelas.
- Olavo Bilac.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez. Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar. Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar. Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.
— Caio Fernando Abreu.
Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro- e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco. É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente ah!, escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente.
— Caio Fernando Abreu.
domingo, 21 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
“Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias. É agora que quero dividir maçãs, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena. É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus cílios. “Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje?” Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja forte. Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto. Não posso esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes. Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados. É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates… Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe? Quero acabar com as leis da física, dois corpos ocuparem o mesmo lugar! Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha. Não sou pedaço. Mas não me basto.”
— Caio Fernando Abreu.
“Vai tempo, passa logo. Passa e leva esses atrasos, leva a dor, tempo, leva… Leva também a tristeza, as mágoas, e os momentos ruins. Vem, tempo, vem e leva quem não quer ficar, leva quem conquistou e não quer se responsabilizar. Leva todos de uma vez. Vai doer, eu sei, mas eu não quero essa gente mais. E traz, tempo, traz quem quer ficar, quem ama e sorri, não só com a boca, mas com os olhos. Que haja muito, muito brilho nos olhos. E que seja doce hoje, amanhã e sempre…”
— Diego Nunes.
domingo, 14 de agosto de 2011
E eu! Gostava tanto de você... Feliz Dia dos Pais!
Ah, Pai... Quanta saudade!
Saudade de ir até sua casa e te beijar e dizer que te amo e que você é importante demais... Saudade das minhas retribuições mais que exageradas com os meus beijos com barulhos (sssssssssmack)... Que o deixava sem graça. =)) Saudade do seu abraço mais que apertado. Saudade do seu sorriso... Saudade só!
Não sei porque você se foiQuantas saudades eu sentiE de tristezas vou viverE aquele adeus não pude dar...
Você marcou na minha vidaViveu, morreuNa minha históriaChego a ter medo do futuroE da solidãoQue em minha porta bate...
E eu!Gostava tanto de vocêGostava tanto de você... ♪♫
sábado, 13 de agosto de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
"Um dia desses, eu separo um tempinho e ponho em dia todos os choros que eu não tenho tido tempo de chorar."
— Carlos Drummond de Andrade.
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Carlos Drummond de Andrade.
"Enfeite-se com margaridas e ternura e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria."
— Carlos Drummond de Andrade.
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011
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