Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,que solidão errante até tua companhia!Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.Em taltal não amanhece ainda a primavera.Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,juntos desde a roupa às raízes,juntos de outono, de água, de quadris,até ser só tu, só eu juntos.Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,a desembocadura da água de Boroa,pensar que separados por trens e naçõestu e eu tínhamos que simplesmente amar-noscom todos confundidos, com homens e mulheres,com a terra que implanta e educa cravos.
- Pablo Neruda.
terça-feira, 22 de março de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
É assim que te quero, amor,
ResponderExcluirassim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada [...]
Pablo Neruda