Pegue duas medidas de estupidez, junte com trinta e quatro partes de mentira, coloque tudo numa forma untada previamente com promessas não cumpridas, adicione a seguir o ódio e a inveja, dez colheres cheias de burrice. Mexa tudo e misture bem e não se esqueça antes de levar ao forno, temperar com essência de espírito de porco, duas xícaras de indiferença e um tablete e meio de preguiça.
- Legião Urbana.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
- Escuta, eu posso lhe dar um conselho? Pois bem, eu acho que posso. Eu sei que você sofre, que você se apaixona, que dias ama, outros odeia, sei também que em silêncio nesse momento tu estas a gritar o nome dela, e quem sabe faça escorrer dos olhos uma lágrima, ah você faz cada coisa, tem tanto poder sobre a gente. Sobre mim, sobre ela, sobre nós. Mas você está se partindo certo? Eu sei, eu sinto. Olha, eu vou lhe dar aquele conselho agora, eu preciso de você e você de mim, então por favor, por favor, não vamos nos deixar vencer aqui, combinado? Você não pode parar, entende? E eu preciso viver e para isso eu preciso que você esteja bem e que esteja forte e que não se parta novamente, estamos certos? Coração.
- Pérsio.
sábado, 25 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
“Eu demoraria mais o meu olhar no teu, se não fossem o passado, as mágoas, a alma encardida. Eu demoraria mais o meu olhar no teu, se não fossem as brigas, as palavras mal-ditas, o “passou-da-conta-agora-chega”. Eu demoraria mais o meu olhar no teu, se não fossem as cartas rasgadas, a música esquecida, a falta de compreensão. Eu demoraria mais o meu olhar no teu, se não fosse o medo de me ver refletida bem dentro, bem fundo dos teus olhos, como aquela velha cigana, um dia, contou ao ler minha mão.”
- Cris Carvalho.
Quanta (in)compreensão há na singela e carinhosa frase de despedida que diz: “Se cuida”. Talvez resuma vários sentimentos. Espero que quando uma pessoa diz “se cuida” seja porque ela gostaria de fazer isso por mim… Porque no fundo, no fundo, não quero me cuidar sozinha. Quero ser cuidada e ter de quem cuidar. E ao me despedir poder dizer: Te cuido - porque te amo.
- Karem Raiocovith.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
"A gente tá se perdendo todos os dias, pedindo pra pessoas erradas. Mas o negócio é procurar. A gente não se recusar a se entregar a qualquer tipo de amor ou entrega. Eu nunca vi por que evitar a fossa. Se a fossa veio é porque ela tinha que vir. O negócio é viver ela e tentar esgotar ela."
- Caio Fernando Abreu.
domingo, 12 de junho de 2011
Um café e um amor...
"Eu te peço que você me queira assim, imperfeita e cheia de confusões. Que saiba os momentos em que eu preciso de uma mão passando entre os fios de cabelo. Que perceba que às vezes tudo o que eu preciso é do silêncio e do barulho da nossa respiração. Que veja que eu me esforço de um jeito nem sempre certo. Que veja lá na frente uma estrada, inteiramente nossa, cheia de opções e curvas. E que aceite que buracos sempre terão. O que eu peço é que você me veja de verdade. Que você olhe dentro de mim e veja o que eu sou, com meus momentos de sabedoria, esperteza, alienação e ingenuidade, porque eu nunca vou saber tudo. E entenda que de vez em quando faço questão de não saber nada. Que você note que eu faço o melhor de mim e vezenquando desconheço o que eu realmente posso ser. Peço que você tenha paciência grátis e um colo que não faça feriadão. Que me ensine mais, a cada dia, o meu. E o seu.”
sábado, 11 de junho de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Em todas as idas e vindas, obscuramente eu sempre sabia: embora tudo mude, nada muda por que tudo permance aqui dentro, e fala comigo, e me segura no colo quando eu mesma não consigo sustentar. E depois me solta de novo, para que eu volte a andar pelos meus próprios pés. A vida é mãe nem sempre carinhosa, mas tem uma vara de condão especial: o mistério com que embrulha todas as coisas, e algumas deixa invisíveis.
- Lya Luft.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
domingo, 5 de junho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Meu namorado imaginário tem mais ou menos a mesma idade que eu, não fuma, gosta de filosofia, não tem história mal-resolvida com ninguém, gosta de cinema, domingo em casa, passeio no parque, e é absolutamente encantado pela beleza das coisas pequenas. Sem motivos. A gente tem um cachorro, planos compartilhados de visitar o Oriente, plantar flores num jardim e passar férias longas em um país estrangeiro. Desses bem esquisitos. A gente se entende pelo olho, pele, saliva, coração. Nosso tesão começa é na alma. E explode, em cada parte do corpo, que agora já é um só. Meu namorado imaginário tem o sorriso mais bonito do planeta Terra! E quando sorri de cantinho, eu finjo que fico brava mas na verdade eu acho lindo. E ele me abraça de um jeito que me faz sentir mais perto de Deus. Ele me pega no colo! E a gente se encontra naquele intervalo entre as coisas que são ditas e as coisas que as palavras não alcançam, tudo ao mesmo tempo. Meu namorado imaginário, às vezes vai comprar pão quentinho de manhã bem cedo, mas às vezes fica na cama ronronando feito um gatinho, cheio de manha, até tarde, enquanto pede mais um dengo emburrado. E a gente se embola num aconchego gostoso de quem esqueceu que segunda é dia de trabalho, e as histórias de domingo estampam sorrisos mudos que nos escorrem pelos olhos. E a gente chora sem lágrimas. E se sente meio como numa história de cinema. Francês. Meu namorado imaginário apóia meus sonhos, mesmo que não concorde com eles. É um homem que admiro muito mais do que consigo expressar com palavras. Tem manias tão irritantes quanto lindas que nos rendem as mais inusitadas histórias. Como ter medo de barata ou não lavar a camisa em dia de jogo contra o Palmeiras. Tudo bem, ele entende meu medo de escuro. Ele me ensina a ser uma pessoa melhor. E me entende quando eu não consigo. Porque ninguém consegue às vezes. Nem ele. Com meu namorado imaginário cada dia é um mergulho. E eu não preciso ter medo, porque nosso desejo é enternecer nosso universo. De um jeito que a gente não entende, mas que vibra, e de repente faz tudo parecer que tem sentido. E a gente entende. E escrevemos um dicionário de palavras distraídas. Adentramos no corpo de um poema recente, ainda disforme, e falamos de amor usando a metáfora mais inocente. E então agradecemos profundamente por esta outra pessoa inteira, que jamais será uma metade e que, para a soma, com todas as alternativas que teve, preferiu seguir comigo. Talvez como numa metáfora de cinema, o mais importante seja mesmo a jornada e não a meta. Um dia a gente se encontrou e ele me reconheceu. Coisa linda de Deus!
- (Desconheço Autoria)
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