Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
(...)
Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos
- Álvaro de Campos,
"Passagem das horas", trecho.
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